sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A gente morre sozinho.



Queira afastar as crianças, protegei de todo o mal. Peguem suas armas, armem suas lanças, digam adeus ao que é normal. Começamos, e não tem mais volta, agora todos estão sozinhos. Não se esconda, mas tenha medo, quase ninguém sobreviveu, deixa eu te contar esse segredo...
Quem começou isso fui eu. Começamos, e não tem mais volta, agora todos estão sozinhos. Esse sorriso é de mentira, quem é que nunca acreditou? Fazemos isso na tentativa de contentar com o que restou. Saiba, amigo, a única resposta agora: A gente morre sozinho. Quem vai lutar pela gente? Quem vai tentar nos salvar se agora eu olho pra frente e não consigo caminhar? Quem vai mostrar o caminho? O pesadelo é real? Quando estamos sozinhos não existe bem e mal.
 Perguntaram para mim pra onde eu vou, de onde eu vim e eu respondi com um olhar, pedindo ajuda, sem encontrar. E é de mentira, essa canção, um coração não se faz com a mão. Ele não sabe, nunca viveu pois o Diabo lhe protegeu, enquanto pintavam os muros de sangue pra vender jornais e eu testemunhava o grito agonizante dos que não vivem mais.
 Verdade... Quem é capaz de conviver com ela? Vontade... De um dia jogar tudo para o ar e viver sabendo que não há nada depois. Viver sem esperar por quem nunca existiu... Quem vai lutar pela gente?  (Você não vê que estamos sós?) Quem é que vai nos salvar? (Cadê seu Deus?) Se agora eu olho pra frente e não consigo caminhar? Quem vai mostrar o caminho? (No fim de tudo, somos nós) O pesadelo é real? (Cadê seu Deus?) Quando estamos sozinhos não existe o bem e o mal.
 Voltem pras suas casas, ninguém vai nos salvar. Voltem pras suas vidas, se é que há algo lá.
 Acredite em mim. Acredite em você. Vai chegar o fim, ninguém vai te proteger.

Fresno.

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