terça-feira, 17 de julho de 2012

Mudanças e paredes.

Pois é, mudei de novo. Mudei de nome, mudei de endereço, mudei de cara. Deu tudo errado e então eu resolvi mudar para ver se dessa vez dá certo. É, quem sabe... Eu preciso mudar frequentemente, por menor que seja a mudança, só pra me sentir diferente, me sentir melhor. Mudo tudo quando alguma coisa dá errado. Fraqueza? Talvez. Prefiro dizer que é meu jeito de fazer dar tudo certo, porque quando mudo, começo do zero. Eu gosto de mudanças... Viver na rotina me deixa entediada e eu preciso de algo novo todos os dias para poder me manter interessada. Trocar a cor do cabelo, o esmalte e de roupa preferida. Me dá preguiça me olhar e ver sempre o mesmo, sem nada pra me atrair. E agora aqui parece mais comigo.
Gosto de contar meus segredos às paredes, elas tem ouvidos, mas não tem boca, não sou julgada, a não ser pela minha mente insana que me diz que estou ficando louca. Falar com paredes... Quem fala com paredes? Eu falo. Eu falo quando o resto do mundo não quer me ouvir ou acha que os meus absurdos são absurdos mesmo. Não, eles não são. As paredes não reclamam quando eu mudo. Colo um adesivo aqui, não gostei, tiro. Ponho um pôster ali, cansei da banda, tiro. Um desenho ficaria legal, não sei desenhar, pinta de novo. E troca cor, troca textura, troca de vida. Assim como as paredes, eu acho que tenho muito a contar. Dúvidas, histórias desse e de um outro mundo paralelo. Eu gosto de falar e as paredes gostam de ouvir. Eu gosto de mudar e as paredes não ligam para as minhas mudanças. Eu gosto de paredes, elas são boas amigas quando  não tenho mais nenhum outro. Fique em silêncio e ouça sua parede falar. Ouça cada palavra que você já disse enquanto falava sozinha, feliz ou triste. Elas ouviram e agora te contam através de lembranças. Acho que no fim, paredes são os seres mais cheios de segredos que existem.


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